A decisão "democrática do plenário". Nessa madrugada.

30/11/2016 07:47

O texto-base do projeto de lei com o chamado pacote de medidas anticorrupção recebeu diversas alterações em sessão extraordinária, aberta logo na sequência e encerrada às 4h18 para apreciação de emendas e destaques.

Entre as mudanças:

1.       Inclusão no texto da possibilidade de juízes e promotores responderem por crime de abuso de autoridade.

2.       Foi retirado do texto do dispositivo chamado "reportante do bem", de incentivo ao cidadão que queira relatar o cometimento de crimes ou irregularidades na administração pública.

3.       O plenário também suprimiu do pacote o item referente à "ação de extinção de domínio", que é um tipo de ação na Justiça que visa recuperar bens e valores desviados, antes da condenação final do réu.

4.       A previsão de dar mais poder ao Ministério Público em acordos de leniência (uma espécie de delação premiada) com pessoas físicas e jurídicas em atos de corrupção.

5.       A responsabilização dos partidos políticos e dirigentes partidários por atos cometidos por políticos filiados às siglas também foi derrubada.

 

Foram mantidas:

1.       A criminalização do caixa 2 de campanha eleitoral;

2.       O aumento de punição para crime de corrupção (com crime hediondo a partir de 10 mil salários mínimos);

3.       A transparência para tribunais na divulgação de dados processuais; e 

4.       A limitação de recursos para protelação de processos.

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, ao encerrar a sessão, tratar-se de uma decisão "democrática do plenário". "Mesmo que não tenha sido o que alguns esperavam, isso foi o que a maioria decidiu", afirmou.